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Robótica na Escola

Prefeitura do Recife investe 135 milhões para promover mudanças na metodologia de ensino nas escolas municipais
Secretário Jorge Vieira comanda uma revolução na educação municipal, injetando mais de R$ 135 milhões nestes últimos dois anos

Por Beto Lago, com foto de Bosco Lacerda

Com pouco mais de dois anos de mudanças, a Prefeitura do Recife remodelou o sistema educacional das mais de 300 escolas, escolas-creches e creches da cidade. Segundo o secretário de Educação municipal, Jorge Vieira, foi investido mais de R$ 135 milhões nos últimos dois anos (2013 e 2014), valor que supera a soma de todo investimento feito na área nos últimos 12 anos.

E boa parte deste investimento tem sido em tecnologia para a educação. O programa Robótica na Escola atua em três pontos: Robótica Livre, Encaixáveis (que tem como parceiro a Lego) e Humanoides, que são os robôs com aparência de pessoas chamados de NAO, que significa “cérebro” em chinês.

O programa de robótica começa ainda no Grupo 4 da educação infantil, para crianças de 3, 4 anos. Hoje, são mais de 70 mil alunos tendo contato com diversas atividades tecnológicas.

Os resultados são vistos rapidamente. No início de novembro, os alunos Maryllia Willyane Félix, Emerson Almeida e Gabriel Loureiro, todos com 14 anos e alunos do 9º ano da Escola Municipal Rodolfo Aureliano, na Várzea, conquistaram o título da Olimpíada Brasileira de Robótica, realizada em Uberlândia, Minas Gerais.

Eles disputaram com 88 equipes de todo o País, que chegaram na fase final, sendo 40 no nível 1 (ensino fundamental) e 48 no nível 2 (ensino médio). Com o resultado, eles se classificaram para a RoboCup, campeonato internacional que acontece no próximo ano, na Alemanha.

O investimento no programa de robótica não foi pequeno. Este ano já atingiu R$ 32 milhões, sendo R$ 27 milhões na robótica de encaixe (Lego) e R$ 4,5 milhões nos 30 NAOs. Na linha de robótica livre não tem investimento, já que é feito em parceria com universidades. Ainda assim, o valor recebe críticas, segundo o secretário.

“Sei que precisamos resolver sérios problemas de infraestrutura em uma rede com mais de 300 unidades. Mas temos recursos para estas obras e não vamos deixar de dar esta educação para nossas crianças”, comenta o secretário. Esse valor corresponde também a garantia, a assistência técnica, as formações dos professores para uso dessas tecnologias, o material didático que vem junto com os equipamentos e eventuais acompanhamento nos eventos.

Outro cuidado da Prefeitura do Recife foi com a formação dos professores para trabalhar nesta nova tecnologia. Passaram por um período de treinamento intensivo e também foram beneficiados em outras medidas.

Os mais de cinco mil professores receberam notebooks e modens 3G e 4G. Além disso, eles agora trabalham com o Diário de Classe On-Line, que aposentou a velha caderneta de chamada e de notas.

“O professor entra no sistema, faz a chamada, coloca a nota, registra a aula e fica sabendo quais os assuntos a serem dados na semana, já que o currículo é unificado. Essa ferramenta dá mais praticidade”.

TABLET – Todos os alunos do Fundamental 2, que vai do sexto ao nono anos têm um tablet para uso na escola e em casa. Ele vem com mais de 100 gigas de conteúdo pedagógico e com o programa Mente Inovadora instalado, um projeto de jogos de raciocínio lógico que auxilia os alunos na matemática.

“Matemática é um problema sério no ensino nacional. As notas de matemática no Ideb são assustadoramente baixas. Com o tablet, estamos desenvolvendo o raciocínio logico, que reflete diretamente na matemática”, explica Jorge Vieira.

E, além do aspecto educacional, o tablet acaba sendo o computador da casa. “Temos famílias bem humildes e esse tablet é uma ferramenta de inclusão social de grande potencial”. Foram adquiridos 20 mil tabletes, ao custo de R$ 16,5 milhões.

As creches-escolas também estão com inovações tecnológicas. A novidade é a mesa digital de alfabetização, que não é encontrada em nenhuma escola privada do Recife. Essas mesas auxiliam e aceleram o processo de letramento das crianças.

“A alfabetização por letramento é um desafio nacional. O Brasil tem números preocupantes neste quesito e o Recife, dentro do País, ainda mais. Uma criança mal alfabetizada carrega esse problema para todas as outras séries. Por isso lançamos o programa ProLer, que começa no Grupo 4 da educação infantil, que tem como objetivo deixar todas as crianças letradas até os seis anos de idade, meta maior do que a pedida pelo Ministério da Educação, que vai até os oito anos de idade”, finaliza o secretário.

Na compra de 588 mesas interativas (Mesa Educacional Alfabeto e Mesa Educacional Mundo das Descobertas), instaladas em 162 escolas e creches, a Prefeitura investiu R$ 24,5 milhões. Cada mesa comporta seis crianças por vez. Atualmente, 33 mil alunos utilizam este equipamento. As duas mesas têm recursos de realidade aumentada, ou seja, permitem a interação de objetivos reais com ambientes virtuais em 3D.

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